Uma Vez até Morrer #16 - Palavras de quem tem 107 anos de Galo
Amanheci hoje meio sem graça, no escuro, de portas fechadas
e sabendo que não sairei. Dia em que não vejo os refletores do Independência
acenderem é meio sem graça. Gosto de estar lá, gosto de pular, de sentir o
coração batendo, de sentir o suor descendo. Gosto quando batem no peito e
gritam Galo com toda a força. Demonstração de amor e coragem! Gosto de ver a
torcida com toda a força gritar. Gosto de torcer contra o vento, ele que bate
com força, mas no final estou ali, no manto!
Tenho 107 anos de Galo, durante este tempo, mudei pouco.
Minha paixão continua a mesma! Engordei aqui, emagreci ali, fiz uns ajustes,
mas continuei preto e branco, forte como nunca e estampando as iniciais CAM.
Em 71, ganhei uma estrela que me dá orgulho hoje e sempre! Nos
tempos atuais, tenho tido emoções únicas! Não tenho planos de abandonar, quero
estar sempre no peito, do lado esquerdo, próximo ao coração que bate acelerado
a cada lance de perigo, que bate a 150 por minuto no gol, que pulsa forte em
dias de jogos, que demonstra toda a garra do ser Atleticano.
Se sou simples? Sou, mas de uma grandeza única. Milhões têm
orgulho de mim, e eu tenho orgulho a cada camisa do Galo vestida por este mundo
afora. Quanto tempo serei Galo? Quanto tempo terei a estampa CAM cravada? Para sempre! Não sou diferente, sou
como qualquer Atleticano!
Meu nome? Quem sou?
Prazer, ESCUDO do CLUBE ATLÉTICO MINEIRO.
Por Leo Koscky
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